A história do bairro
Quando pesquisamos sobre a história mais remota do bairro do Leblon, encontramos o registro de um mapa francês de 1558 o qual mostra que o local já era habitado desde o século VI por indígenas de origem Tamoia numa a aldeia conhecida como “Kariané” eliminada em 1575, pelo governador da parte Sul do Brasil, Sr. Antônio de Salema.
Salema era um jurista formado em Coimbra, e que odiava os índios. Em seu mandato de três anos (1575-1578) descobriu uma lei editada pela Metrópole isentando de impostos por dez anos quem erguesse engenhos de cana de açúcar no Brasil. Salema decidiu pura e simplesmente extinguir os índios tamoios das aldeias da Lagoa, Ipanema e Leblon para lá erguer seu engenho, que seria movido à água, muito abundante haja vista os inúmeros córregos no local. Mandou jogar no mato adjacente à Lagoa diversas mudas de roupas de doentes de varíola. Os índios pegaram as roupas, vestiram, pegaram varíola por contágio e morreram. Foi a primeira guerra bacteriológica nas Américas.
Onde hoje está o Jardim Botânico, mandou erigir um engenho de cana, ao qual denominou “D`El Rei”. O engenho não deu certo de início e em 1584 foi sugerida sua venda. Quatorze anos depois, ele foi vendido ao Vereador Diogo de Amorim Soares, vindo da Bahia, que o rebatizou de “Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa”. Soares, retirando-se da cidade em 1609, revendeu as terras no ano anterior a seu genro, Sebastião Fagundes Varela.
Sebastião Fagundes logo ampliou as instalações do engenho e, para tal, cobiçou para sua empresa os terrenos de marinha. Os primeiros proprietários das praias da zona sul carioca, afora os índios tamoios, foram poucos portugueses. Em 1603 Antônio Pacheco Calheiro, obteve enfiteuse de terras que iam do engenho de Diogo de Amorim Soares (Lagoa) até a “costa brava” (Leblon), correndo até a Gávea (Vidigal).
Em 1606, Afonso Fernandes e sua esposa, Da. Domingas Mendes obtiveram carta de sesmaria da câmara que lhes davam o aforamento de “300 braças começadas a medir do Pão de Açúcar ao longo do mar salgado para a Praia de João de Souza (Botafogo) e para o sertão, costa brava, tudo o que houvesse”. Eram todos os terrenos de marinha do Leme ao atual Leblon.
Em 1609, Da. Domingas, já viúva, trespassa esse aforamento a Martim de Sá, Governador do Rio de Janeiro, para benefício do engenho que o mesmo possuía na Lagoa. Esse engenho, denominado de “Nossa Senhora das Cabeças”, não foi adiante, haja vista que Martim estava erguendo outro maior em terras que obtivera na aldeia de “Guaraguassú Mirim” (atual Barra da Tijuca). O aforamento então foi sendo aos poucos repassado, sucessivamente em 22 de junho de 1609, das terras que iam desde o Pão de Açúcar até a “Praia Brava” (Leblon); em 23 de setembro de 1611 (mais terras); em 19 de julho de 1617 (para aumento de pastos); e em 1619 ao dono do “Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa”, Sebastião Fagundes Varela. O aforamento era por 9 anos e tinha mais 400 braças para o sertão, permitindo a Varela explorar para pasto e extração de madeiras para seu engenho.
Varela ficou assim, aos poucos, dono de todas as terras que iam do Humaitá ao Leblon. A extensão de suas posses abrangiam 1700 braças de testada e 4.500.000 braças de área, que englobava a atual Lagoa Rodrigo de Freitas. Esse latifundiário criava gado nessas praias, onde suas vacas pastavam entre cajueiros, ananases e pitangueiras. Nada existia edificado. Ainda em 1645, o Governador Duarte Corrêa Vasqueanes proibira aos pescadores que edificassem suas casas na praia, com medo de um desembarque holandês para tomar o Rio de Janeiro.
A origem do nome
“Fazenda de Copacabana” era o nome dado a toda orla marítima da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. A orla foi adquirida por Da. Aldonsa da Silva Rosa, uma chacareira, em 1808. A propriedade foi passada em 1810, ao português Manoel dos Santos Passos que, ao morrer, legou em testamento para seu sobrinho Antônio da Costa Passos, ficando com elas até 1819.
De vendas e revendas, parte das terras foram compradas em 1845, pelo empresário francês Emannuel Hyppolite Charles Toussaint Leblon de Meyrach que havia emigrando muito jovem para o Brasil. Carlos Leblon, como era mais conhecido, ali instalou uma fazenda destinada à criação de gado e criou uma empresa com a finalidade de explorar a pesca de baleias, atividade empreendida mediante o uso de barcas apelidadas de “Alabamas”. A empresa chamava-se Aliança.
A gordura das baleias do gênero “cachalote” era aquecida para a fabricação do óleo que servia como combustível para os candeeiros que iluminavam as ruas do Rio e, também, integrada à argamassa do sólido concreto reclamado pela construção civil, estimulada no Segundo Império. Quase tudo no generoso cetáceo tinha préstimos: os ossos eram queimados para a obtenção de cal; com o marfim dos dentes, eram feitos objetos de arte; com as barbatanas, fabricavam-se espartilhos.
Aconteceu, no entanto, que, em 25 de março de 1854, por iniciativa de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, foi inaugurado na cidade o serviço de iluminação à gás, o que conspirava contra os interesses do Sr. Carlos Leblon. Um pouco antes, em 1851, mais precisamente em 23 de fevereiro, o Jornal do Commercio recebeu carta — que fez publicar — do Sr. Carlos Leblon queixando-se do desrespeito ao seu direito de propriedade “garantido pela Constituição Política do Império” pelo fato de ter o Ministro da Guerra requisitado parte de sua fazenda para a prática de exercícios militares, o que danificaria as pastagens e traria desassossego aos animais destinados aos serviços da chácara. Em razão do protesto ou sem ele, o Decreto Imperial nº765, de 8 de março de 1851 mandou desapropriar um terreno com oitenta palmos de largura e o comprimento necessário para prolongar até à praia a rua que se dirigia “à casa de Carlos Leblon, na Lagoa Rodrigo de Freitas” — o arranjo repercutiu na imprensa e foi muito comentado na Corte.
Beneficiado aqui, prejudicado ali, o fato é que, em 1857, Charles Leblon vendeu suas terras ao empresário e tabelião Francisco José Fialho, que as revendeu, em 1878, a particulares, entre eles o português José de Guimarães Seixas, cuja casa ocupava o terreno onde hoje está o Clube Campestre, na Rua Alberto Rangel, no alto da Rua Igarapava. Em sua casa, o empresário — adepto da causa abolicionista — abrigou negros fugidos, e por isso sua chácara passou a ser conhecida como Quilombo do Seixas, ou, como querem alguns, Quilombo do Leblon.
O Quilombo do Leblon
Após 1880, a Campanha Abolicionista no Rio de Janeiro, já havia alcançado as ruas e por toda parte surgiam campanhas e movimentos destinados a incentivar a Abolição dos Escravos. Nesta época ocorreu a criação de muitos Quilombos Abolicionistas, que de forma diferente do Quilombo tradicional, que procurava lugares distantes para se esconder, buscava a sobrevivência se instalando próximo das cidades.
O Quilombo do Leblon teve como seu idealizador o português José de Seixas Magalhães, um rico e moderno empreendedor que fabricava e comercializava malas e objetos de viagem, na Rua Gonçalves Dias, no centro da cidade e que já utilizava a máquina a vapor em suas fábricas. Além disto, Seixas investia também em terrenos na zona sul, tendo adquirido uma Chácara no Leblon com a cumplicidade dos principais abolicionistas da Capital do Império, muitos deles proeminentes da Confederação Abolicionista. Nesta chácara ele cultivava flores com o auxílio de escravos fugidos, formando o Quilombo do Leblon, um quilombo simbólico feito para objetivos simbólicos – nele se cultivavam camélias – cujo uso passou a simbolizar a simpatia ao Movimento Abolicionista. A entrada da chácara era ocultada por um portão recoberto de Coroas de Cristo. Era tão bem feita a camuflagem que o quilombo escapou incólume de todas as revistas policiais.
Na época o Leblon era quase no fim do mundo e para nele se chegar era necessário uma longa viagem que tinha início na Rua do Ouvidor esquina com a Rua Gonçalves Dias, que hoje não mais se cruzam, onde se embarcava no bonde da Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico. Nele se viajava até chegar ao longínquo Largo das Três Vendas, que ficava ao final da Rua Jardim Botânico, na Freguesia da Gávea. A partir daí a viagem era feita a pé.
Quem procurava a área mais movimentada seguia pela Rua Marquês de São Vicente, mas quem buscava o Quilombo seguia outra direção, quase despovoada na época, onde existiam alguns poucos sítios e chácaras. Entrando na Rua do Sapé, hoje Rua Bartolomeu Mitre, seguia penetrando numa paisagem cada vez mais rural, até chegar ao Largo da Memória, que mantém seu nome ainda hoje. Nele podia se escolher dois caminhos: o primeiro seguia pela Rua Conde de Bernadote e levava à Praia do Pinto na Lagoa Rodrigo de Freitas, perto de onde hoje se encontra o Clube de Regatas do Flamengo, o segundo levava ao Quilombo do Leblon.
Para isto se pegava a Rua do Pau, hoje Rua Dias Ferreira, e se ia em frente observando ao longe a Pedra dos Dois Irmãos como guia, atravessava o canal da Avenida Visconde de Albuquerque que ainda não existia, em frente à atual Rua Igarapava, que naquela época ainda era a Rua do Pau. Seguindo a Rua Igarapava, onde hoje se penetra em um bairro de classe média alta, já se estava pisando no Quilombo do Leblon, que tinha como trilha de acesso a ladeira desta rua. A casa principal do Quilombo ficava onde hoje se situa o Clube Campestre da Guanabara. O ponto tinha uma localização estratégica oferecendo o necessário isolamento e grande proteção natural. O Quilombo se estendia desde a atual Rua Timóteo da Costa e para dentro até a Pedra dos Dois Irmãos.
As camélias cultivadas no Quilombo do Leblon se tornariam símbolo do movimento abolicionisa e se destacavam nos vestidos de muitas senhoras da Corte, incluindo a própria Princesa Isabel e nos ramalhetes de camélias com os quais se presenteavam as pessoas. Enfeitavam também os jardins das casas, para identificar seus dono como abolicionistas.
O crescimento do bairro
Só em 1918 aconteceu a primeira ligação com Ipanema, pela praia, e depois foi feita uma ponte sobre a barra da Lagoa ligando as Avenidas Vieira Souto, em Ipanema e a Delfim Moreira, no Leblon.
O Largo da Memória ficava entre as Ruas Tubira e Juquiá, em frente ao quartel da PM. Havia uma trilha, simples caminho de areia, que partia do Largo da Memória, seguia pela Praia do Sr. Pinto com o nome de Travessa do Pau (Rua Conde de Bernadotte) e ia em direção ao mar. Mas antes passava pela Pedra do Bahiano (atrás do Conjunto dos Jornalistas) para encontrar o Caminho da Barra, que é como se chamava a margem do Canal no Jardim de Alah.

Favela Praia do Pinto
Em 1918, foi feita uma ponte sobre a barra da Lagoa ligando as Avenidas Vieira Souto, em Ipanema e a Delfim Moreira, no Leblon. Em 1920 o Prefeito Carlos Sampaio, realizou o saneamento e embelezamento da Lagoa, a construção da Epitácio Pessoa e de dois canais distintos: o da barra comunicando a Lagoa com o mar, que hoje é o Jardim de Alah e do canal da Avenida Visconde de Albuquerque, no final do Leblon.
Em 1919 a Companhia Constructora Ipanema, localizada na Rua do Ouvidor, 139 – Centro, vendia terrenos “a dinheiro ou a prestações em Ipanema e Leblon”. A planta do loteamento, aprovada pela Prefeitura do Distrito Federal em 26 de Julho de 1919 mostra as ruas do bairro com seus nomes e localização.
A primeira transversal à Avenida Ataulfo de Paiva, para quem vem de Ipanema, era a Avenida Afrânio de Melo Franco, que já tinha esse nome em 1919. Em 1938 foi construída outra ponte sobre o canal ligando as duas Avenidas: Visconde de Pirajá à Avenida Ataulfo de Paiva e começou a circulação de bondes pela praia, fazendo com que as duas avenidas passassem a ser uma única via pública.
Na Avenida Ataulfo de Paiva, 50 existem três grandes edifícios, conhecidos por Conjunto dos Jornalistas. Tem este nome porque o IAPC, que os construiu, destinou a maior parte das unidades aos jornalistas, para manter sempre um bom relacionamento com a imprensa e calar a boca daqueles que tivessem a intenção de denunciar algum fato menos sério. Alguns apartamentos foram destinados a ex-pracinhas e (aí sim) a comerciários que pagavam aluguel e estavam com ordem de despejo. Os prédios dos jornalistas eram os mais altos da região, tanto do Leblon quanto de Ipanema, constando de cartas náuticas para orientação de navios que chegavam à nossa cidade. Podiam ser vistos de toda a praia, até do Arpoador.

Depoimento:
“O Jardim de Alah, fronteira com Ipanema, já foi um lugar muito agradável na década de 50, onde as crianças andavam de cavalos, charretes e bodinhos, onde se podia passear de barco pelas águas claras do canal, indo até quase o meio da lagoa. Os balões de gás faziam a alegria da garotada. Os cavalos cruzavam a San Martin galopando, sem o risco de trombar com algum veículo ou precisar aguardar a luz verde de algum sinal, inexistente na época. Não havia calçamento, apenas uma rua de terra.
Os cavalos e bodinhos descansavam numa chácara, junto a uma grande pedreira, que remotamente já foi uma ilha, onde hoje está sendo construido um Shopping, na Rua Professor Antônio Maria Teixeira (em 1960 esta rua não existia, havia uma favela).
Na Av. Ataulfo de Paiva, 50 existem três grandes (grandes?) edifícios, conhecidos por Conjunto dos Jornalistas. Tem este nome porque o IAPC, que os construiu, destinou a maior parte das unidades aos jornalistas, para manter sempre um bom relacionamento com a imprensa e calar a boca (ou a pena) daqueles que porventura tivessem a intenção de denunciar algum fato menos sério. Será verdade? É o que se falava na época. Alguns apartamentos foram destinados a ex-pracinhas e (aí sim) a comerciários que pagavam aluguel e estavam com ordem de despejo. Foi aí, nesta última situação, que voltei a morar no Leblon, com quatorze anos de idade.
Os prédios dos jornalistas eram os mais altos da região, tanto do Leblon quanto de Ipanema, constando de cartas náuticas para orientação de navios que chegavam à nossa cidade. Podiam ser vistos de toda a praia, até do Arpoador. Hoje seus quinze andares estão perdidos em meio a tantos espigões, herança da era Sérgio Dourado.
Mas voltando ao Leblon, somente em 1918 acontece a primeira ligação com Ipanema, pela praia. O Leblon não tinha luz elétrica, pois esta só chegava a Ipanema. Havia poucas ruas, uma delas a do Sapé, que ia do Largo das Três Vendas (Praça do Jóquei) até o Largo da Memória. Seria, hoje, a parte final da Bartolomeu Mitre. A rua Tubira também já existia, sendo a ligação para as areias da Praia do Zé do Pinto, que mais tarde deu lugar à favela da Praia do Pinto, uma das maiores da Zona Sul do Rio.
Diz a história do Leblon que, nos primeiros tempos, o Largo da Memória ficava, mais ou menos, entre as ruas Tubira e Juquiá, defronte ao atual quartel da PM. Havia uma trilha, simples caminho de areia, que partia do Largo da Memória, seguia pela Praia do Pinto com o nome de Travessa do Pau (Rua Conde de Bernadotte) e ia em direção ao mar. Mas antes passava pela Pedra do Bahiano (atrás do Conjunto dos Jornalistas) para encontrar o Caminho da Barra, que é como se chamava a margem do Canal no Jardim de Alah.
E há muito mais para contar…”
–Paulo Afonso de Almeida Teixeira
Nome das ruas
Veja aqui o nome ds ruas antigamente, em 1919 e o nome atual, respectivamente:
-
Rua J. Antônio dos Santos (rua 18) – Rua Rainha Guilhermina
-
Rua Aristides Espínola (rua 19) – Rua Aristides Espinola
-
Rua Rita Ludolf (rua 20) – Rua Rita Ludolf
-
Rua 21 – Rua Jerônimo Monteiro
-
Rua Dr. Del Vechio e Campos de Carvalho – Avenida Gen San Martin
-
Av. Ataulfo de Paiva – Av Ataulfo de Paiva
-
Av. Delfim Moreira – Avenida Delfim Moreira
-
Rua do Pau e Sapé – Rua Dias Ferreira
-
Travessa do Pau – Rua Conde Bernadotte
-
Rua José Ludolf – Rua Humberto de Campos
-
Rua Dom Pedrito – Rua Almirante Guilhem
-
Rua Francisco dos Santos (rua 10) – Rua Carlos Góis
-
Rua Francisco Ludolf (rua 11) – Rua Cupertino Durão
-
Rua Comandante Agostinho das Neves (12) e Acaraí – Rua José Linhares
-
Rua Domingos Moitinho (rua 13) – Rua João Lira
-
Rua Dias Ferreira (no trecho entre a Rua do Pau e a praia), Sapé e Conde de Avellar (rua 14) – Avenida Bartolomeu Mitre
-
Praça Conde de Frontin – Praça Antero de Quental
-
Rua 15 (terminava na praça) – Rua General Urquiza
-
Rua Azevedo Lima (rua 16) – Rua General Venâncio Flores
-
Rua Miguel Braga (rua 17) – Rua General Artigas
Leblon nos dias de hoje
Considerado um dos melhores bairros para se viver por sua qualidade de vida de localização, Leblon hoje é frequentado pela classe média alta que vai à procura de bons restaurentes, boas lojas de grife, praia tranquila e gente bonita.
Até pouco tempo, Leblon não possuía shopping center. AS lojas de rua e galerias predominavam no bairro.
Na foto podemos ver o crescimento do bairro. Igualzinha à antigamente, certo?!
Curiosidades
Movimento abolicionista: A 13 de março de 1887, dia de seu aniversário, José de Guimarães Seixas, proprietário das terras onde se localizava o Quilombo do Leblon, deu monumental festa em sua casa, convidando para o banquete a fina flor do abolicionismo. Deputados, vereadores e jornalistas, entre tantas perssonalidades, compareceram e no final da festa, os convidados receberam a visita de cinqüenta negros quilombolas alí acantonados, cujo líder fez tocante e inocente discurso de agradecimento.
À meia noite, os convidados partiram á pé pelo “Caminho do Pau”, atual rua Dias Ferreira, para pegar o bonde no “Largo das Três vendas”, atual “Praça Santos Dumont”, no Jockey. Foram todos escoltados pelos quilombolas, cada um munido de instrumentos musicais, flautas, gaitas, violões e cavaquinhos, num cortejo musical onde pontilhou a música negra e antecipou em quarenta anos nossos desfiles de Escola-de-Samba. Quando os convidados embarcaram no bonde, o vereador João Clapp bradou um “viva aos negros quilombolas”, que foi respondido com entusiasmo.
Quatorze meses depois, quando a Princesa Isabel assinou a lei de 13 de maio que extinguiu a escravidão no Brasil, os negros do “Quilombo do Seixas” saíram da caverna, levando braçadas de camélias do jardim de Seixas, em procissão à pé até o Paço Imperial para ofertá-las à Princesa.
Aliança Navegação: Curiosamente, a Aliança Navegação (empresa criada por Carlos Leblon) gerida atualmente por um grupo alemão, possui um cargueiro denominado Leblon.
Praia: A praia do Leblon tem 1,3 km de extensão e é separada de Ipanema pelo Jardim de Alá – canal que liga a lagoa Rodrigo de Freitas ao mar.
Mapa do Leblon
Fontes
Info Escola: http://www.infoescola.com
Alma Carioca: http://www.almacarioca.com.br
Leblon.net: http://leblon.net
Antigo Leblon: http://www.antigoleblon.com.br
Cidade do Rio: http://www.cidadedorio.com.br
Marcillio: http://www.marcillio.com/rio/enleblon.html
Adorei!!Conhecer o bairro de minha família.Meu avô veio pra o Leblon por volta dos anos 40, até hoje moro aqui. Que bonita a vida do Leblon
Melhor lugar pra se viver!!!!!!!!!!!!
Gostaria que me desse algumas dicas de escolas técnicas de turismo
Respondido por e-mail! 🙂