“Uma cidade é um tema inesgotável por estar em continua evolução. É como um organismo que cresce, sobrepõem-se em camadas de coisas boas e dejetos. Coisas que são sedimentadas com o tempo. Engana-se quem pensa na cidade como um tema fácil de esgotar-se, assim como se engana quem pensa que uma praia é apenas uma praia e uma pedra apenas uma pedra.
Símbolos como o Pão-de-açúcar ganham diferentes aparências e descrições. Deixa de ser uma pedra para ter vida própria e importância na vida dos moradores. É assim que a Arte transita com facilidade pela fronteira da verdade e da mentira e possibilita estéticas e poéticas bem peculiares permitindo a quem explora com profundidade além do olhar, capacidade e prazer de interpretar e recriar os símbolos.
A cidade perfeita não existe. Cidades são feitas de memórias, são esquecidas, confundidas, transformadas. São perspectivas duvidosas, caminhos tortos, dias de tédio, terrenos baldios – toda e qualquer peça, mesmo que não se encaixe, acaba sendo incorporada ao quebra-cabeça. São instantes aglutinados por metáforas. Cabe lembrar que o que procuramos está sempre diante de nós.
Como já foi dito, esta crônica visual é mais que uma homenagem à cidade que amamos – e assim sendo, como todo amor, amor presente, passível de críticas e beijos. Amor que deseja se mostrar, ser correspondido. Amor que transforma um ponto ou mancha no mapa no testemunho da existência humana e por que não dizer testemunho da existência e da realidade do indivíduo.
Mas o que é a realidade senão aquela velha sensação que temos de um conjunto de coisas e sentimentos que nos cercam o tempo todo e interagem sem interrupção – como as muitas peças de um quebra-cabeça?
Resposta? Talvez as mesmas que expliquem uma brusca freada no sinal que fecha.” Marcelo Frazão.
A exposição conta com quadros e esculturas e fica até o dia 08 de março de 2009 no Centro Cultural dos Correios, na Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro, de terça à domingo, das 12hs às 19hs.
Vanesa, obrigada pela divulgação da exposição .
Apareça lá !